segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

TEMPO DE NATAL

De Fernando Antônio Gonçalves

De um carpinteiro nasci
E de uma Virgem brotei.
Nasci menino, já Rei
Descendente de Davi
Que um dia transformei
Em peão da Liberdade.
Vindo do povo, Eu Sou,
Nasci sendo, sempre serei
E muito me incomodei
Com escribas e fariseus
Homens de toda sorte
Imperadores da Morte
Que surdos e mudos, sem Deus
Não pressentiram Meu Pai
Que sou EU na matéria
E impregnaram miséria
Disseminando o Mal
Tampouco reconhecendo
Que o Mundo se curvaria
Num 25, Dezembro
Pra festejar o Natal!!.
Feliz Natal !!!

Feliz Natal


sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Advento

O mês de dezembro marca um período muito importante no calendário cristão. Sendo o mês em que celebramos a natividade de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas para celebrarmos com grande reverência essa data nós temos um período de preparação, ao qual chamamos de “advento”. Advento significa chegada, anúncio da vinda de uma pessoa ou de um evento importante.
Para nós o Natal é um dia muito importante, lembra o dia em que o Senhor olhou para o seu povo, se compadeceu dele e enviou-lhe um Salvador. O Senhor Deus vem a nós em Jesus Cristo. Nosso Deus não é um Deus que está distante, nosso Deus é Emanuel - Deus Conosco. É o Deus que anda junto com seu povo, de mão dada, principalmente ao lado de todo aquele que sofre e chora.
Qualquer pessoa que esteja esperando a visita de alguém que a muito tempo não vê, faz um verdadeiro ritual de preparação, ainda mais se esta pessoa é especial. E é sempre assim, em qualquer família, quando espera e se prepara para receber a visita de uma pessoa que ficou durante um período fora de casa. Há sempre expectativa, ansiedade para que chegue de uma vez esse alguém tão esperado.
Para o cristão o advento também é assim, um momento de expectativa, ansiedade. Preparamos nosso lar, nossa família, nossos corações para receber o Menino Jesus. Para receber a Cristo em nossas vidas. É claro que a criançada fica esperando também os presentes. Não tem como se esquecer dos presentes! Mas o presente maior foi Deus que nos deu, ao enviar seu único Filho, Jesus Cristo para nos redimir e nos salvar.
Esse ano o advento se inicia no domingo 02/12, e assim seguindo até o domingo 23, completando quatro finais de semana. É importante que a comunidade se prepare verdadeiramente para a celebração do Natal. Nós estaremos promovendo uma série de encontros nas casas dos eclesianos e somente o último encontro será na capela. Esta idéia surgiu em conversa com a congregação e visa levar a igreja para mais perto das pessoas e ao se reunirmos em pequenos grupos em encontros informais todos tem a possibilidade de participar. E assim a comunidade possa se preparar muito bem para receber a Jesus em suas vidas.
Possamos assim, ter um Natal abençoado, sendo um momento de recomeço na caminhada de fé da comunidade Santa Mônica. O ano de 2008 se aproxima, estamos recebendo de Deus uma folha em branco, para reescrevermos nossa vida e a vida de nossa comunidade. Todos temos a oportunidade de construir um ano muito próspero, mas isso só será possível com esforço de todos e tendo sempre em mente que o Senhor está sempre nos abençoando e fortalecendo.

sábado, 24 de novembro de 2007

Poder por meio da fraqueza

Neste domingo celebramos o dia de Cristo Rei. E temos como evangelho indicado o texto de Lucas 23,35-43, no qual Cristo aparece sendo insultado pelos chefes do povo, os soldados zombam de sua situação na cruz, inclusive um dos bandidos que estavam sendo crucificados junto com Jesus resolve zombar de Jesus. Mas, mesmo assim ao final Jesus aparece em seu papel principal, o de Salvador do mundo, ao prometer o paraíso ao pecador arrependido.
De qualquer forma este é o final de semana que devemos refletir sobre o poder. Palavra, que de certa forma é muito mal usada em nossa sociedade. Em nossos dias o poder é idolatrado. É de se destacar que a busca pelo poder é uma busca bem humana; e é uma busca que invade até a vida eclesial. O ser humano gosta de lugares de destaque, honra e glória. Já diz um ditado popular: “se queres conhecer uma pessoa de verdade dê-lhe poder e dinheiro”. Mas, a verdade é que somente “um imperialismo é cristão, aquele que diz respeito a sua Majestade Imperial o Senhor Jesus Cristo, a um desejo pela glória de seu Reino, pela honra de seu nome” (J. Stott). O cristão deve ser marcado com a humildade e pelo serviço.
A melhor forma de observarmos como o poder de Deus se manifesta é acompanharmos principalmente a epístola de I Coríntios. ICor 1,18- 25 nos fala sobre a fraqueza da cruz é o poder de Deus. Os judeus exigem poder (um Cristo que fizesse muitos milagres / demonstrações fantásticas de poder); os gregos procuram sabedoria (alguém que fale muito bem, seja um grande sábio); enquanto os cristãos pregam à quem? À Cristo Crucificado. A característica dos discípulos de Cristo não é nem 'pedir'(poder), nem 'buscar'(sabedoria), mas “proclamar” o Evangelho do Cristo crucificado.
A cruz era um absoluto escândalo para aqueles que adoram o poder. Para termos uma melhor compreensão, na época do império romano a condenação à cruz era destinada aos criminosos mais perigosos, sendo assim, a morte mais dolorosa e humilhante. No AT temos a afirmação: “maldito o que for pendurado no madeiro” (Dt 21,23). Por isso da grande dificuldade dos judeus e outros povos da época aceitarem a pregação da cruz. Agora, para quem se põe à caminho, o caminho do discipulado, para este a cruz é a maior demonstração de amor de Deus por seu povo.
“Na cruz Deus demonstrou tanto sua justiça (fomos justificados gratuitamente - Rm 3,25), quanto seu amor (Cristo se entregou por nós, sendo nós ainda pecadores - Rm 5,8). Nesta dupla demonstração de sabedoria de Deus se revela sua sabedoria na loucura da cruz, seu poder na fraqueza” (J. Stott).
Um povo limitado: Deus escolheu fracos para envergonhar os fortes (ICor 1,26-31). “De um modo geral os coríntios não pertenciam à sociedade intelectual, às lideranças influentes da cidade ou à sua aristocracia. Não, em geral seriam considerados como pessoas sem instrução, insignificantes, pobres e socialmente excluídas, sendo provavelmente escravos (7,21). Mais um exemplo de que o poder de Deus foi manifesto na fraqueza humana” (J. Stott).
Um evangelista limitado: O poder por meio do evangelista Paulo (ICor 2.1-5). Paulo usa seu exemplo para mostrar como as maravilhas de Deus se manifestaram através de sua pessoa e ministério, e fala-nos o apóstolo de seu total desprendimento de retórica e de sabedoria, apenas o Cristo, este crucificado.
Saulo, o jovem centurião judeu, perseguidor dos cristãos durante muito tempo, tudo em nome da fé judaica, buscando assim o reconhecimento e o seu espaço entre os principais judeus. A caminho de Damasco, onde iria perseguir os cristãos uma luz vinda do céu o envolveu e caindo por terra ouviu uma voz que dizia: “Saulo, Saulo porque me persegues”. Perguntou Saulo: “Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem persegue; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (Atos 9,4-6). Foi nesse momento que ele perde a visão, que é recuperada somente quando é batizado. Ao se converter muda o seu nome, agora é Paulo, demonstrando assim sua total mudança de vida.
Deus escolhe as coisas fracas e humildes do mundo para se manifestar, a fim de que ninguém possa se vangloriar (confiar ou orgulhar-se em algo para honra e felicidade própria; Tudo o que somos e temos pertencem ao Senhor, dessa forma aquele que se gloria, glorie-se no Senhor, Cristo, Maravilhoso Senhor; Pois ele é nossa sabedoria). Ele é nossa justiça. Ele é a nossa redenção. Nossa salvação passada, presente e futura. Ele é o Senhor de nossas vidas, por isso, tudo que somos e temos deve ser para a sua glória.
“Temos uma mensagem frágil (Cristo crucificado), proclamada por pregadores vulneráveis (cheios de temor e tremor – medo) recebida por ouvintes impotentes (socialmente rejeitados). Pois Deus escolheu um frágil instrumento (Paulo), para levar uma mensagem frágil (a cruz) a pessoas frágeis (a classe operária de Corinto). Mas por meio dessa tríplice fragilidade, o poder de Deus era – e ainda é – manifestado” (J. Stott).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Projeto Criar reunido em confraternização




Nossa Missão é centralizada em cinco pontos
1. Proclamar as Boas Novas do Evangelho
2. Batizar, ensinar e nutrir pastoralmente os fiéis
3. Servir com amor aos necessitados
4. Lutar pela transformação das estruturas sociais injustas
5. Zelar pela integridade da vida em todas as suas manifestações

“DEUS NÃO É DEUS DE MORTOS, E SIM DE VIVOS” (Lc 20,38)

O mês de novembro inicia-se com um dia santo, ou melhor, com o dia de Todos os Santos. Quando dizemos santos não estamos nos referindo àquelas pessoas que foram canonizadas pela Igreja - lembrando que a canonização somente é feita pela Igreja Católica Romana - e também não estamos falando dos apóstolos e evangelistas. Também deles. Nós estamos falando de todas aquelas pessoas que hoje não estão mais conosco, estando na presença do Pai, o louvando e bendizendo. Estão na Comunhão de todos os Santos. É sempre bom lembrar de um canto do Rev. Jaci Maraschim que diz: “Um santo de Deus, qualquer um pode ser, e sempre com Deus viver”, não são aqueles que nós escolhemos e sim aqueles que Deus chama e capacita. Todos são chamados à santidade.
A morte sempre foi o pior inimigo do ser humano. Temos dentro de nós uma vontade de sermos eternos, imortais. Isso mostra que o ser humano nunca aceitou limites, conclusões. E de certa forma isso é bom, temos uma enorme vontade de viver, e só assim que fomos capazes de evoluir, facilitar o trabalho, desenvolver a ciência, a medicina. Claro que isso elevou em muito a nossa qualidade de vida e conseqüentemente a média de idade. Se compararmos uma pessoa do tempo de Moisés com uma de nosso tempo é certo que a ultima vive mais que o dobro do que a primeira. Mas nossa busca por imortalidade não chegou ao fim, a medicina evolui a cada dia que passa, a ciência foi capaz de afirmar que é possível fazer clones. E assim é o ser humano sempre buscando ser Deus.
Outro problema é um sentimento muito caro para nós os seres humanos, a saudade. Somente o português tem esse termo que explica a dor da distância, e da falta que uma pessoa querida pode nos causar. Se ficar longe já é difícil, imagine então saber que não verá a pessoa amada nunca mais. É claro que nos desesperamos, choramos. Sentindo-nos limitados e sem poder fazer nada diante da morte. Neste desespero muitas vezes saímos atrás de filosofias que tentam nos por em contato com os nossos ente queridos e ao invés de continuarmos o ciclo normal da vida passamos a viver na ilusão.
É claro que essa dor é compreensível, quem de nós não chorou ao perder uma pessoa amada. O choro não é uma atitude anti-cristã. O próprio Cristo chorou ao saber da morte de seu amigo Lásaro. Agora, como cristãos fomos criados na fé da ressurreição. A Sagrada Escritura que é para nós Palavra de Deus tem inúmeras afirmações referentes à ressurreição. Temos nela a garantia de que a vida não tem fim na morte, principalmente porque Cristo o Filho de Deus, ao morrer venceu a morte, nos concedendo a vida eterna/ a vida plena em Deus.
Quem nos ensinou que a morte não é um fim foi ainda Moises, a aproximadamente 3000 anos atrás, ao proclamar e invocar o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. Na sua época esses três patriarcas estavam mortos, porque então ele os lembraria? Vários séculos depois dos patriarcas, Deus se revelou a Moisés como o Deus de Abraão de Isaque e de Jacó (Êx 3,6), se estes não fosses seres humanos vivos, se não estivessem na sua presença, Deus não poderia ser seu Deus, ou seja, Deus de pessoas inexistentes. Moisés tinha assim plena certeza de que os patriarcas estavam na presença de Deus. Essa referência é o próprio Cristo que fez ao dizer: “Que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” e Jesus complementa “Ora, Deus não é um Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem” (Lc 20,38).
Amados irmãos, a saudade invade nossos corações toda vez que nós nos lembramos das pessoas queridas que não se encontram mais conosco. Eu, por exemplo, toda vez que me lembro de minha mãe, tudo que ela significou para mim, meus olhos se enchem de lágrimas, mesmo tendo a plena certeza de que ela, sendo uma pessoa de muita fé hoje goza de plena paz e alegria na presença de Deus. Podemos sim ficar tristes, chorar, não devemos perder nossa fé, Cristo afirmou que não nos deixará órfãos (Jo 14,18), ou seja, Ele nunca nos abandonar. No evangelho de São Mateus Jesus afirma: “eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,20) . Ele foi a nossa frente nos preparar um lugar. Em São João Cristo afirma “de fato, a vontade de meu Pai é que todo ser humano que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna” (Jo 6,40).
A morte é parte da existência humana, ou melhor, parte da existência de todo ser vivo. Uns nascem outros morrem, o ciclo natural da vida segue. Enquanto uns vão para Deus, estando agora na sua presença, o louvando e bendizendo, outros seguem o seu caminho a vida não pode parar. No prefácio do LOC reservado para o dia de Todos os Santos oramos assim: “Que, na multidão de teus Santos, nos cercaste com tão grande nuvem de testemunhas, para que, alegrando-nos em sua comunhão, corramos com paciência a carreira que nos está proposta e juntos recebamos todos a imperecível coroa da glória”.
Hoje temos diante de nós as afirmações das Sagradas Escrituras nos dando plena certeza da vida eterna, da vida plena em Deus. Precisamos ter fé nestas afirmações pois elas são a Palavra de Deus. Segundo o apostolo Paulo “agora, vemos como que em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido” (ICor 13,12).

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

CONVERSÃO


A passagem do evangelho de Lucas 19,1-10 abre o mês de novembro nos falando de um tema muito importante, a conversão. O personagem central é Zaqueu, o publicano. Os publicanos, segundo nota da Bíblia de Jerusalém, eram “cobradores de impostos, que pela sua profissão, exercida com rapinagem, eram votados ao desprezo público”.
Vejamos que este publicano, (pecador) cismou em ver Jesus, mas este Mestre era seguido de grande multidão, e outra, Zaqueu era de baixa estatura, assim se tornava quase impossível de alcançar seu objetivo. Mas Zaqueu era muito insistente, sabendo por onde Jesus passaria, subiu em uma árvore, aparentemente ficando escondido, mas que poderia assim conhecer esse que atraía a tantos. E Jesus não só o enxerga, mas lhe surpreende ao se convidar para ir a sua casa. Para Zaqueu uma surpresa e motivo de grande alegria, mas para os ditos corretos, um escândalo: “ele se hospedara com homem pecador (v.7). Diante do gesto acolhedor de Jesus o pequeno Zaqueu se arrepende de todos os seus atos falhos, resolve dar aos pobres metade de suas riquezas e seguindo a lei judaica (Exôdo 21,37), promete restituir a todos que tenha defraudado. E Jesus proclama “hoje, houve salvação nesta casa” e ainda nos declara “porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”, palavras estas, segundo D. Sumiu Takatsu, se apresentam como um sumário simbólico da missão de Jesus.
Gostaria de convidar você amado leitor a refletir sobre três atitudes que marcam este texto:
A primeira atitude é de Zaqueu, um desejo incansável de ver Jesus, de se encontrar com Jesus. Com certeza Zaqueu sabia da sua situação pecadora, tendo em mente tudo o que fizera de errado e assim é tomado por esse desejo de ir ver a Jesus. Desejo que a princípio não tem um motivo, é provável que Zaqueu ouviu alguém falar deste líder popular, e algo o motivou a ir ao encontro deste desconhecido.
A segunda atitude é de Jesus, se hospeda na casa de Zaqueu, acolhe o pecador/o perdido. Se Jesus parasse diante de Zaqueu e tivesse o repreendido de tudo o que tivera feito de errado é certo que iria espanta-lo, não Jesus não o repreende, Ele o acolhe. Foi essa acolhida que tocou, que fez Zaqueu mudar de vida, se converter.
A terceira atitude é a dos tidos como corretos, murmuram, julgam a atitude de Jesus, antes disso, julgam a um semelhante, ou seja, se acham melhores que Zaqueu. É claro, estavam tomados de ciúme, um sentimento destrutivo e que só pode trazer a infelicidade.
Agora pergunto, qual destas atitudes temos tomado na nossa caminhada de cristãos? Temos buscado a Cristo? Temos buscado e acolhido o perdido? Ou murmuramos? Se ficamos com a última atitude é certo que ainda não nos convertemos. A busca de estarmos com Cristo, de sermos como Ele e de vivermos como Ele, é uma busca constante. Quanto mais nos aproximamos temos mais consciência de estarmos distantes, mas não devemos desistir, sejamos persistentes como Zaqueu e tenhamos a certeza de que o Senhor busca e acolhe a todos os perdidos.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ordenações

Revda. Lúcia Kovaleski, Revda.Vandriana Pöttker, D. Jubal, Rev. Rodrigo Espiúca e Rev. Antônio Ryscak ministro encarregado da Missão Santa Mônica

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Visita Pastoral


Visita Pastoral 05/10


Culto 29/07


Revda Iris Valderes
Revda Vera Almeida
Antônio Ryscak

Profissão de Fé e Discipulado

Texto base:Lucas 9, 18-24

Três itens nos parecem essenciais e se destacam neste texto:
Em primeiro lugar temos a afirmação de que Jesus esta em um lugar à parte em oração. Acontecimento destacado em diversos momentos pelos evangelistas. Jesus tem uma vida de oração intensa. Temos assim revelada a intimidade entre Jesus e o Pai.
Os evangelistas vão destacar a oração de Jesus de modo especial quando Ele está se preparando para um momento importante, decisivo em sua vida. Por exemplo: Antes de escolher os doze (Lc 6,12); na revelação da sua identidade de Messias (Lc 9,18); em Lc 11,1-4 ensina os discípulos a orar; etc. Podemos perceber a importância da oração na vida de Jesus, sendo Ele o Filho de Deus, o Cristo. Nós como seus discípulos, seguidores de Cristo, somos ensinados e desafiados por ele para orarmos sem cessar, para que assim nos aproximemos da intimidade que existe entre Jesus e o Pai; somos desafiados a seguir seu caminho de santidade.
Em segundo lugar, a identidade de Jesus é revelada na confissão de Pedro: “És o Cristo de Deus”. Este é o momento central do evangelho de São Lucas, Jesus não é mais um profeta, um grande mestre, um revolucionário ou um grande homem. Ele é o Messias de Deus, anunciado pelos profetas. Além de confirmar que era o Cristo, Jesus confirma algo que os profetas também anunciaram que iria sofrer morte de cruz.O povo em geral tem definições aproximadas como João Batista, Elias ou um dos antigos profetas que ressuscitou, mas somente os doze que tinham intimidade, proximidade e vivência em comum, puderam confessar Jesus como o Cristo.
Em terceiro lugar, a afirmação de que nenhum discípulo é maior que seu mestre. Nas palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (v.23). Após terem a revelação do que esperava o Mestre agora são desafiados, alertados que o discipulado, o seguimento de Cristo traz exigências, desafios. Seguir a Cristo exige negação do ‘eu’. Não é mais a minha vontade, a minha pessoa, mas sim a vontade de Deus, o Reino de Deus. A entrega deve ser total. Além disso essa entrega é constante – dia a dia – não podemos desanimar, dar chance ao mal. O exercício de entrega deve ser constante, até que Cristo se torne o Senhor da minha vida.
A oração nos leva a proximidade, intimidade com Cristo. Nas afirmações de Jesus: “Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim” (Jo 6,57); “Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim” (Jo 15,4). Temos a comunidade de fé como um lugar onde podemos aprofundar, amadurecer a nossa espiritualidade. Somente com constante comunhão com os irmãos e consequentemente com Jesus teremos a revelação da sua identidade, podendo confessa-lo como nosso Senhor e nosso Deus. Somente na vida de comunhão com Cristo perceberemos a sua ação em nosso meio. Assim seremos verdadeiros discípulos, dispostos a nos entregar totalmente e preparados para qualquer desafio que a missão exigir de nós.

Capela


"Me alegrei quando disseram: Vamos à Casa do Senhor" (Sl 122,1)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

QUEM SOMOS

Somos parte da Igreja de Jesus Cristo;
Temos a Bíblia como fonte de salvação;
Cremos na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo;
Aceitamos, celebramos e vivemos o Batismo e a Eucaristia como sacramentos instituídos por Jesus Cristo.

Somos Católicos, porque Jesus nos envia a todos
Somos Protestantes contra tudo o que é negativo
Somos Evangélicos, pois seguimos o Evangelho
Somos Crentes, pois cremos em Deus
Somos Povo de Deus animado pelo Espírito Santo

Estamos a serviço do Evangelho de Jesus Cristo. Anunciá-lo a todos é nossa missão.

JUNTE-SE A NÓS

Princípios essenciais (Quadrilátero de Lambeth)

1. Bíblia Sagrada – Cremos que as Sagradas Escrituras contém todas as coisas necessárias para a salvação. Toda nossa doutrina e liturgia estão baseadas e fundamentadas na Bíblia: AT e NT.

2. Os Credos Apostólico e Niceno – Escritos no tempo da igreja indivisa, constituem a confissão normativa da fé católica que preservamos ainda hoje.

3. Os Sacramentos – A Igreja Anglicana professa o Batismo e a Eucaristia como legítimos sacramentos diretamente ordenados por Cristo, sendo eles sinais eficazes da graça e da boa vontade de Deus para conosco.

4. Episcopado histórico – Professamos que a autoridade transmitida por Cristo aos apóstolos e por esses aos seus sucessores (incluindo nossos bispos) é, ao mesmo tempo, garantia e expressão da universalidade e apostolicidade da Igreja.

domingo, 21 de outubro de 2007

Anglicanismo

Os apóstolos receberam de Jesus a missão de levarem o Evangelho a todas as nações. Com a inspiração e direção do Espírito Santo eles saíram pelo mundo fieis a essa missão, evangelizando e fazendo discípulos. Foi dessa forma que em pouco tempo o cristianismo chegou às ilhas britânicas. Primeiramente este cristianismo se desenvolve entre os Celtas, povo que ali habitava, assumindo características da sua cultura.
Com a organização do papado, e a centralização da Igreja em Roma surgiu a necessidade de chamar as igrejas espalhadas pelo mundo à subordinação ao bispo de Roma – o papa. Sendo assim, em 596 o papa Gregório Magno envia o monge Agostinho liderando um grupo de 40 monges para “cristianizar” a Grã-Bretânia. Chegando a região chamada Kent encontram um cristianismo revestido da cultura celta, e apesar da resistência em pouco tempo submeterão a Igreja Celta ao governo da Igreja de Roma. O povo Britânico nunca aceitou essa submissão ao poder romano. Assim, em 1534, a Igreja da Inglaterra volta a se separar de Roma com a liderança do Rei Henrique VIII, que por problemas políticos e pessoais condena qualquer interferência de um príncipe estrangeiro sobre o território inglês, declarando a Igreja local independente.
Com a influência da Reforma Protestante e sempre fiel às tradições católicas antigas a Igreja da Inglaterra se desenvolve e ganha características próprias. Com a colonização este cristianismo se espalha pelo mundo e com o tempo se transforma no que hoje conhecemos de Comunhão Anglicana: igrejas independentes ligadas por laços de afeição.
No Brasil o anglicanismo chegou em duas etapas no século XIX: através dos imigrantes ingleses que aqui se estabeleceram a partir de 1810 e através do trabalho de missionários norte- americanos a partir de 1889.