terça-feira, 28 de abril de 2009

PARAISO x CAOS

Vivemos em meio a crises (existencial, econômica), epidemias (febre amarela, rubéola, dengue), pandemias (febre aviária, febre suína), desastres ambientais (enchentes, secas) além de violência de todos os tipos, epidemias de drogas, etc. Para muitos são sinais do fim dos tempos, pode a te ser, mas depende de que princípios partimos: castigo de Deus ou ação descontrolada do ser humano.
Agora, não temos como negar que toda vez que o ser humano se afastou de Deus, grandes desastres foram enfrentados pela humanidade. Poderíamos falar aqui de diversos acontecimentos, mas citaremos apenas dois:
- Dilúvio (Gn 6-7): “viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6,5), ou seja, a maldade humana não tinha fim. Antes de ser um castigo divino, o dilúvio é a conseqüência, o fruto da maldade humana.
- 10 pragas (Ex 7-12): Faraó, um ser humano igual a tantos outros, recusa-se praticar a vontade de Deus. Como conseqüência, como fruto de sua desobediência e falta de fé vem as pragas.
É muito válido em nossos dias lembrarmos da palavra de Deus, nos trazida pelo profeta Ezequiel: “Convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois porque haveis de morrer?” ( Ez 33,11). Deus não quer nossa morte, nosso fim, mas toda vez que viramos as costas para Ele e seus ensinamentos sofremos com as conseqüências desta atitude.
Em vez de confiar em Deus, confiamos em nossa inteligência e na tecnologia que com ela criamos; em vez de contemplar a beleza da criação de Deus, contemplamos nossas próprias criações e destruímos a criação de Deus; Em vez de cuidar do planeta em que vivemos, nossa casa comum, nos preocupamos em explorá-lo ao máximo para aumentar nossas riquezas e satisfazer nosso desejo de grandeza. E cegos, não percebemos que nossas ações nos trazem grandes desastres. Estamos construindo nosso próprio fim, e ainda ousamos em afirmar que é Deus que vai acabar com o mundo.
É mais do que chegada a hora da conversão, ou seja, mudança de vida e atitude. Sabemos que Deus tem poder de transformar o caos em paraíso, e é Ele quem nos capacita e inspira na construção de um mundo melhor. Mas para o paraíso ser possível é preciso viver em plena comunhão com nosso Criador.

terça-feira, 21 de abril de 2009

61º Concílio Diocesano 17-19/04/2009

Nestes dias 17,18 e 19 de abril do corrente ano, a Região Diocesana Noroeste esteve representada no 61º Concílio Diocesano que aconteceu na Paróquia São João Evangelista da cidade de Pinheiro Machado-RS. O Concílio se reuniu sob o lema: "Ninguém põe vinho novo em barris velhos" (Mc 2,22). Além do Coordenador Regional Rev. Antônio Ryscak representaram a região os Srs Rudi Weiland, Silmar Tormes e a Ministra Leiga Míriam L. Ryscak. Saímos fortalecidos e animados deste Concílio para continuarmos o trabalho missionário na nossa região e além de trabalhar no fortalecimento das comunidades já existentes. No retorno a delegação regional esteve visitando uma das paróquias mais tradicionais da Igreja Episcopal Anglicana, Matriz do Crucificado, Paróquia da Crucifixão e Missões anexas. Está visita surpreendeu nossos delegados pela estrutura fabulosa que possui a Igreja em Bagé, construída em seus 106 anos de caminhada. A Matriz do Crucificado, por exemplo, possuí um dos maiores Templos Anglicanos no Brasil. Seguindo o exemplo de nossos irmãos episcopais anglicanos residentes em Bagé, somos chamados e desafiados por Deus para construirmos nós também uma grande região diocesana na parte noroeste de nosso estado. Acompanhemos na sequência fotos do Concílio e da visita a Igreja Episcopal Anglicana de Bagé.

Culto - sábado pela manhã

2° Sessão - Conciliares em grupo


Culto de Encerramento


Foto Oficial

Visita a Igreja de Bagé:
Missão São Felipe Colégio Melanie Granier

Paróquia da Crucifixão Matriz do Crucificado
Jantar casa da Reitora Revda. Ana Maria e Coadjutor Rev. Rodimar

Desafio da Carta Pastoral
"Saiamos deste Concílio e andemos pelas ruas e ruelas de 2009 e 2010 numa caminhada bem do jeito anglicano. Isso significa nutridos pela Escritura, formatados pela Liturgia, organizados em Comunhão e direcionados pala Missão de Deus"

domingo, 12 de abril de 2009

Fotos: Culto e Café Pascal

Celebração do Fogo Novo




Café Pascal


sábado, 11 de abril de 2009

Fotos: Jovens encenando a Paixão, Morte e Ressurreção do Senhor





A mensagem de paz trazida pelo ressuscitado passa de mão
em mão e tem como objetivo alcançar toda a sociedade.


Fotos: Ofício dos Pregos










terça-feira, 7 de abril de 2009

Ide depressa e anunciai: Cristo Ressuscitou

Ainda estamos vivendo a semana santa. Passo a passo vamos revivendo os últimos acontecimentos do ministério terreno de Jesus. Vamos revivendo o gesto de amor que Cristo fez por cada um de nós. Mas, qual é o real significado deste gesto?
Jesus andou proclamando, através de gestos e palavras, o Reino de Deus. Isso acontece durante um espaço de tempo de três anos. Neste período Ele escolheu e preparou pessoas que pudessem levar ao mundo todo a sua mensagem.
Em toda sua caminhada vemos a Jesus defendendo a vida e a dignidade de todo ser humano. Sempre se opondo contra todo tipo de mal. Mas, era muito difícil convencer as pessoas que sua mensagem era verdadeira e que Ele era o enviado do Pai – o Messias prometido. E para reforçar sua mensagem faz entre nós inúmeros sinais, sete destes estão descritos no Evangelho segundo São João: 1° Núpcias de Caná (2,1-12); 2° Cura do filho do funcionário real (4,46-54); 3° Cura de enfermo na piscina de Betesda (5,1-18); 4° A multiplicação dos pães (6,1-15); 5º Jesus caminha por sobre o mar (6,16-21); 6º Cura do cego de nascença (9,1-41); 7º Volta à vida de Lazaro (11,1-44). Demonstrando controle sobre as leis naturais, Jesus nos mostra que realmente é o enviado do Pai. É importante nos lembrarmos de sua advertência: “Por que viste creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29).
Mas, o sinal por excelência nós começamos a reviver nesta sexta-feira santa: Paixão, Morte e Ressurreição. Os poderosos, ao verem Jesus morto no madeiro, se acharam vitoriosos. Porém, para sua surpresa, nem o poder romano (os guardas), nem a enorme pedra que vedava o sepulcro e nem a morte, puderam deter o Enviado do Pai. Os guardas fugiram de medo, a pedra foi removida, a morte foi vencida. Por isso, da missão confiada pelo anjo as mulheres: “Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos”. Eles precisavam crer, pois eram seus principais seguidores e deviam anunciar ao mundo todo a Boa Nova da Salvação.
A ressurreição é o fundamento do cristianismo. Nas palavras do Apostolo Paulo: “se ele não ressuscitou, nossa fé e nossa pregação são vãs”. Nada existe capaz de nos afastar desta verdade, que Jesus “foi crucificado, morto, e sepultado... ressuscitou ao terceiro dia: subiu ao Céu, e está sentado a mão direita de Deus Pai” (Credo dos Apóstolos).
“Deus não nos ama porque Cristo morreu por nós; Cristo morreu porque Deus nos amou. É a ira de Deus que necessitava ser propiciada, é o amor de Deus que fez a propiciação”(John Stott). O amor de Deus por nós se manifestou na Cruz. É esse amor que nos trouxe a salvação. É responsabilidade de todos nós que nos consideramos cristãos, não guardar essa benção maravilhosa para nós mesmos, mas anunciar ao mundo todo e sem cessar: Cristo Ressuscitou e concede salvação a todo aquele que o reconhece como seu Rei e Salvador.
A Comunidade Espírito Santo, Igreja Episcopal Anglicana de Horizontina estará celebrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Sexta-Feira da Paixão – Ofício dos Pregos as 19hrs e Domingo da Ressurreição – Culto e Café Pascal as 9hrs. Venha reviver conosco o maior gesto de amor que alguém poderia realizar por nós.

Carta Pastoral da Câmara dos Bispos ao povo de Deus na IEAB

Eis que dois deles viajavam nesse mesmo dia para um povoado chamado Emaús, próximo
de Jerusalém; e conversavam sobre todos esses acontecimentos. Ora, enquanto conversavam
e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles; seus olhos,
porém, estavam impedidos de reconhecê-lo... E eles pararam, com o rosto sombrio
...”
Evangelho de São Lucas 24. 13-17.

Como disse alguém, - um dia, nós também nos descobriremos no caminho de Emaús. Em
verdade, muitas vezes nós temos cantado: “Pelo vale escuro segurei, Jesus... breve a noite
desce, noite de Emaús...” Hino 258. De fato, o “estranho” foi reconhecido mas sua presença
logo se dissipou dos olhos dos discípulos. A jornada, a conversação e a revelação foram
benditas, inesperadas, tocantes e verdadeiras.
Esta, talvez, se pode dizer, é em muitos momentos nos últimos anos nossa experiência como
eclesianos da IEAB, como cidadãos de nosso país e, não menos, na lembrança de nossa
própria vida pessoal e familiar... “com o rosto sombrio.”
Como brasileiros sofremos pela corrupção disseminada e quase sempre impune. “A miséria
só existe porque tem corrupção” canta Gabriel o Pensador. Amarguramos as condições
contraditórias de uma realidade social que poderia ser muito diferente, justa, saudável e
promissora. Milhões de famílias brasileiras sofrem o “apartheid” de classe que bem
conhecemos. Nossos jovens anseiam por oportunidades que talvez, injustamente, nunca
venham a ter. A realidade política se mostra mais e mais decepcionante. Nas últimas décadas,
os mesmos nomes de políticos profissionais mais que reprováveis não só são reeleitos mas
agravam a saúde de um processo democrático que poderia ser nossa força como cidadãos.
Saúde e educação, o binômio inarredável para a população toda e sua dignidade, têm cedido
espaço para a propaganda esperta e a impostura oficial. Andamos, como diz São Lucas, “com
o rosto sombrio”.
Na vida da IEAB, suas dioceses e paróquias, temos também sofrido a perplexidade diante de
tropeços em nosso ser e agir. São, não menos, adversidades que se abatem, semelhantemente,
sobre outras tradições eclesiais. A escassez de recursos não parece ser a causa primeira para
explicar uma condição dramática mas gravemente conspira para o enfrentamento dos
obstáculos. De qualquer forma, “com o rosto sombrio”...nós nos sabemos no caminho de
Emaús. Reunidos como Câmara dos Bispos, ouvimos relatos doloridos mas, ao mesmo
tempo, nos alegramos com a partilha de inúmeras situações de Boas Novas que o Pai tem
proporcionado nas várias dioceses. O povo da Deus na IEAB tem amadurecida a sua fé ainda
que em meio a tempos de tristeza ou novidade de vida. Os Bispos agradecem a Deus pela voz
e sabedoria dos leigos ouvidas na reunião da Câmara. O caminho de Emaús se confirma
assim, neste tempo da Ressurreição, como a força de vida transformada de que tanto
necessitamos. A tristeza não usa máscaras e talvez por isso nos abale e reforce tanto, não por
nossa própria coragem mas pela presença bendita do Ressuscitado andando conosco.
As adversidades e o sofrimento agem como uma escola pela qual aprendemos a ver e
compreender coisas que antes não entendíamos. Através das crises rezamos um
discernimento mais adulto na experiência da fé. Pelo caminho da Cruz , cativados pelo
Crucificado, somos sustentados na comunhão e esperança a nós revelada como povo de Deus,
na visão do Cristo no meio de nós. Contudo, fé antiga da Igreja, herdada de nossos pais,
necessita testemunhar também às situações contemporâneas de indiferença, injustiças,
desesperanças, empobrecimento e anseio de muito mais vida. O tempo da Páscoa nos recorda
que não ficamos órfãos. Não estamos sós. A Igreja não somos nós mas Deus conosco! O
sentido mesmo da fé na Ressurreição nos significa concretamente que as mudanças devem ou
podem acontecer. É pela luz da Presença do Ressuscitado no meio de nós que nos sentimos
capazes de mudar e transformar. A rejeição e a morte não têm a última palavra. O Senhor
Ressuscitado é princípio de vida abundante, corajosa e restauradora. É pela luz da Páscoa do
Senhor que vemos com mais clareza nossas estruturas como Igreja de Deus. Amamos a
muitas delas. Reconhecemos que elas necessitam de cura e de novas formas. Amamos a
Igreja ainda muito mais mas não a confundimos com estruturas que devem ficar em seu
próprio tempo. Muitas destas formas já não mais falam à nossa geração e às condições de
vida de nosso povo. É aí que a adoração reaparece como o fato mais central da vida e da fé.
Sem a adoração primeiro, nem mesmo a missão se justifica.
Devemos com urgência abrir mão de muito do nosso ruidoso interior, medroso do silêncio.
Pela quietude e pelo silêncio, na escuta da sabedoria do Pai, começando na vida de piedade
pessoal, envolvendo não menos a ação litúrgica e a prática pastoral, vislumbraremos, como
em Emaús, o semblante do Ressuscitado a nos encorajar. A IEAB inteira, começando por
seus Bispos, todo clero “e as congregações confiadas aos seus cuidados”, no tempo da
Páscoa da Ressurreição é gravemente interpelada pela oportunidade de metanoia, de vida
radicalmente nova e de testemunho na Missão.
O mistério da Ressurreição de Jesus, transformador de tantas gerações antes de nós, hoje nos
interpela e pacientemente revela caminhos e oportunidades novas. A Páscoa nos chama a
provar do fermento santo de vida ressuscitada. Pela participação nos santos mistérios do Pão
e do Vinho recebemos o dom do perdão e da emenda de vida.
Reunidos em Porto Alegre de 30 de Março até 3 de Abril, os Bispos da IEAB, antecipando a
semana da Paixão do Senhor, rezaram e intercederam por nossa restauração como povo
pascal, vencendo a morte, anunciando a esperança, semeando encorajamento e suplicando
pela redescoberta pessoal e eclesial daquilo que o Cristo de Emaús nos ensina e revela.
“Não há dor que seja sem divino fim; Faze, ó Deus, que a Igreja compreenda assim, e,
apesar das trevas, possa ver, Senhor, que Tu mesmo a levas, com imenso amor.” (Hino 258)

Nota: A Câmara dos Bispos, reunida em POA de 31 de Março / 3 do corrente decidiu, por
unanimidade, pospor a realização da reunião do Sínodo Geral e da Confelider em razão da
comemoração, em 2010, do 120º Aniversário da IEAB ( e da lembrança dos 200 anos de
presença da Capelania Britânica no Brasil). Esta transferência, além de permitir melhor
preparação para os eventos e sua celebração, concederá ainda mais tempo para a atual coleta
e exame de dados já em andamento. É também possível que o Arcebispo de Cantuária, Sua Graça o Arcebispo Rowan Williams, possa estar conosco em ocasião tão especial, lado a lado
com outros convidados e visitantes por nós esperados.

Porto Alegre, 03 de abril de 2009

Dom Maurício Andrade, Primaz e Brasília
Dom Almir dos Santos, Oeste
Dom Jubal Pereira Neves, Santa Maria-RS
Dom Orlando Santos de Oliveira, Porto Alegre, RS
Dom Naudal Alves Gomes, Curitiba, PR
Dom Sebastião Armando Gameleira Soares, Recife, PE
Dom Filadelfo de Oliveira Neto, Rio de Janeiro, RJ
Dom Saulo Maurício de Barros, Belém, PA
Dom Renato da Cruz Raatz, Pelotas, RS
Dom Roger Bird- São Paulo, SP
Dom Clovis Erly Rodrigues, Emérito
Dom Luiz Osório Pires Prado, Emérito
Dom Glauco Soares de Lima, Emérito