sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRINDADE A MELHOR COMUNIDADE

Estamos celebramos mais uma data muito importante no calendário cristão, o domingo da Trindade. O domingo do Deus Trino – Pai, Filho e Espírito Santo.


Foi em nome da Trindade que fomos batizados. Fomos selados em nosso batismo. A Igreja ministra este sacramento seguindo o mandamento do próprio Cristo: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28,19).

A própria bíblia não nos traz explicações quanto a Trindade, mas temos claras afirmações referentes a Deus: como Pai, criador de todas as coisas de quem tudo provém; como Filho, o Verbo de Deus que no princípio estava com Deus e era Deus (João 1,1); e do Espírito Santo, o Defensor e Consolador. Os três são apresentados como pessoas distintas, mas de mesma natureza – Divina.

Três pessoas distintas com características e funções diferentes, mas que convivem em perfeita permuta – comunhão. Temos em Deus o maior modelo de comunidade. Pois, em uma comunidade cada um dos membros possui características diferentes, o que não impede que se relacionem em perfeita harmonia. Todos lutam pelo mesmo objetivo, cada qual com uma função própria. Partilhando seus dons, ou melhor, pondo seus dons em beneficio do grupo.

Isso acontece também na família, que é uma pequena comunidade. É composta pelo pai, pela mãe e pelos filhos. Cada qual possui uma importância. Uma função específica. E todos se empenham pelo sucesso, pela alegria da família.

Segundo a oração da coleta indicada para o domingo da Trindade, declaramos nessa afirmação a nossa fé, e no poder da Majestade Divina adoramos a unidade. A principal diferença entre o cristianismo e outras religiões é a declaração de um Deus Trino, pois esse é o fundamento de nossa fé. A súplica da oração é que Deus nos mantenha nesta fé e adoração e que nos leve finalmente para contemplar sua glória una e eterna.

Nós seres humanos não temos palavras que possam definir a Trindade, o que sabemos, de modo especial através da Sagrada Escritura, é que foi assim que Deus se revelou. Cabe a nós contemplar esse mistério de nossa fé e ter a grande certeza de que quando estivermos face a face com Deus, seremos libertados de nossa obscuridade. Ou seja, hoje podemos não entender muito bem esse mistério de nossa fé, pois “vemos como em espelho, obscuramente, mas chegará o dia que o veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como sou conhecido” (I Coríntios 13,12).

Na minha opinião a nossa maior dificuldade em compreender a realidade divina é que como humanos temos a tendência de igualar essa realidade com a realidade humana, por exemplo, vemos Deus como um homem de idade avançada, um velhinho. Deus não pode ser reduzido a uma realidade humana.

Temos sim características de como Ele é. A Sagrada Escritura nos traz sua revelação. Sabemos da sua grandeza, beleza, misericórdia. Temos a revelação que é Onipotente – todo poder lhe pertence, Onisciente – nada lhe é obscuro, Onipresente – se faz presente em todos os lugares ao mesmo tempo.

A realidade divina está muito além da realidade humana, por isso precisamos criar figuras para representar, tornar palpável. Criamos doutrinas para entendê-lo. Mas o que devemos fazer mesmo é adorar esse Deus que é Criador, Redentor e Consolador.

O Deus Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo nos abençoe e nos defenda em todas as situações e nos conduza pelos caminhos da verdade e da paz. Amém

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